Boas Vindas

Bem vindo (a) ao blog Igreja Cristã Evangélica de Natal.

Através dele queremos informá-l0 (a) sobre nossa igreja local, o que cremos e pregamos e assim, sinta-se motivado (a) a conhecer sobre a Vida Eterna e a salvação que já somente em Jesus Cristo, centro de nossa mensagem. Somos uma igreja histórica, que está no Brasil desde julho de 1878. Somos conhecidos por alguns como os Irmãos ou Irmãos Unidos. Nos países latinos, como Hermanos Libres, cujas igrejas se denominam também de Iglesia Cristiana Evangélica.

A Igreja Cristã Evangélica está em Natal, desde 1989, tendo começado suas atividades no Planalto em 21 de Abril de 1992. Ela crê e prega que a Salvação e a Vida Eterna ocorrem somente pela fé na Pessoa e obra de Jesus Cristo como Salvador e Senhor, sem qualquer mérito de nossa parte. Não usa de chantagem emocional ou financeira com quem quer que seja, pois não vê autoridade Bíblica para tal.

Se você deseja conhecer mais sobre nós e sobre a salvação e a vida eterna, entre em contatos conosco pelos endereços aqui postados, ou então fazendo-nos uma visita em um de nossos cultos. Que a graça do Senhor Jesus seja contigo e com a sua família!

Igreja Cristã Evangélica de Natal

“Alcançando o Sertanejo Nordestino Com o Evangelho de Cristo Genuíno”

Missão SEARA - www.seara.org.br

segunda-feira, 11 de julho de 2022

segunda-feira, 4 de abril de 2022

O COMPORTAMENTO DAS ESPOSAS

 Parte 1 (1 Pedro 3.1-6)

Norbert Lieth

1 Igualmente vocês, esposas, estejam sujeitas, cada uma a seu próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho sem palavra alguma, por meio da conduta de sua esposa, 2 ao observar o comportamento honesto e cheio de temor que vocês têm. 3 Que a beleza de vocês não seja exterior, como tranças nos cabelos, joias de ouro e vestidos finos, 4 mas que ela esteja no ser interior, uma beleza permanente de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. 5 Pois foi assim também que, no passado, costumavam se enfeitar as santas mulheres que esperavam em Deus, estando cada qual sujeita a seu próprio marido. 6 Foi o que fez Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-o de "senhor", da qual vocês se tornaram filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.”

1Pedro 3.1-6, não se trata do comportamento nos cultos ou na vida da igreja, mas do comportamento nas relações matrimoniais e no círculo familiar íntimo. Para o casamento vale que as esposas “estejam sujeitas... a seu próprio marido”.

Devemos levar em conta que se trata do poder de testemunho do evangelho. As mulheres, por meio do comportamento de submissão, buscam ganhar seus maridos incrédulos para Jesus, sendo que essa é a única maneira prevista para tanto.

Versículos 1-2

“Igualmente vocês, esposas, estejam sujeitas, cada uma a seu próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho sem palavra alguma, por meio da conduta de sua esposa, ao observar o comportamento honesto e cheio de temor que vocês têm.”

Esses judeus viviam em um mundo pagão com suas práticas pagãs. Não era incomum que as esposas se convertiam, enquanto os maridos ainda continuavam incrédulos. Essa libertação por meio de Cristo, no entanto, não deveria levar a uma conduta autônoma. Por isso, Pedro exortou que as mulheres não se separassem de seus maridos, nem mesmo que alegassem determinados direitos, mas a se submeterem, servindo na prática de exemplo para o marido sem proferir palavras, com o objetivo de também ganhá-lo para Jesus. Não há poder de convencimento maior do que o de uma vida transformada e um bom exemplo.

Não há poder de convencimento maior do que o de uma vida transformada e um bom exemplo.

Essa afirmação é ao mesmo tempo animadora, pois fala de homens que se negam a crer na Palavra; não de ignorantes ou indiferentes, mas daqueles que se opõe conscientemente e assim são convictos opositores ao evangelho. No entanto, o texto nos mostra que não há caso sem esperanças, pois mesmo os homens mais obstinados e difíceis podem ser conquistados, mas o meio para tanto, no restrito ambiente familiar, não possui disputas verbais, discussões, argumentações de superioridade, discursos, tampouco adianta implorar, mas apenas basta uma boa atitude sem qualquer palavra.

Os estudiosos J. B. Nicholson e G. P. Waugh escrevem o seguinte sobre o versículo 2: “O marido não consegue, de sã consciência, negar constantemente a beleza da vida realmente agradável a Deus vivida por sua esposa”[1].

Nota

  1. B. Nicholson e G. P. Waugh, Was die Bibel lehrt: 1. Petrusbrief, 2. Petrusbrief. CV-Kommentarreihe Neues Testament, trad. Gerhard Giesler e Joachim Köhler (Dillenburg: Christliche Verlagsgesellschaft, 1991).

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

EXCELÊNCIA OU EXIBICIONISMO?

O ambiente todo é evidentemente bem-preparado. No fundo do palco uma enorme tela reproduz todo tipo de imagens de acordo com o momento. A iluminação é incrível. Luzes e cores se alteram conforme a ênfase e o efeito de fumaça faz com que as luzes se destaquem. Durante a apresentação a plateia é mantida escura enquanto canhões de luz trazem o palco ou quem se apresenta em destaque. O som é alto, mas muito bem equalizado. Cada voz recebe a amplificação ideal. Em resumo é um show de primeira qualidade.

Não estou descrevendo um show de algum músico famoso, mas sim o culto de muitas igrejas contemporâneas. Preciso dizer de partida que não sou contra todo esse aparato. Creio que igrejas devem investir em seus momentos de culto com tudo que a tecnologia (e seus orçamentos) permite. Não há desculpas para fazer um culto desleixado e afirmar ao mesmo tempo que isso é mais espiritual. Evidentemente, o culto deve representar tanto a comunidade da igreja como o tipo de pessoa que pretendem alcançar. 

Eu já participei de cultos de mais de três horas de duração, sentado em tábuas apoiadas em tocos de madeira, com apresentações musicais de aparente devoção, mas de péssima qualidade musical. Ainda assim, o povo presente estava evidentemente louvando a Deus e sendo conduzido à sua presença, tanto pelas músicas como pela pregação da Palavra. Esse tipo de culto, no entanto, não tem lugar no ambiente urbano, moderno e sofisticado de nossas cidades.

Qual o problema então com cultos mais produzidos? Certamente não é o investimento feito, ou a qualidade em que cada aspecto é preparado. O princípio da excelência afirma que devemos fazer o melhor que pudermos mediante os recursos que temos para oferecer a Deus uma adoração que honre seu nome. Ao mesmo tempo (me perdoem os puristas) nossos cultos devem também envolver os participantes, deve ter uma estética que mova o co
ração dos membros e dos visitantes. Muito embora o culto seja oferecido a Deus e não aos participantes, usar isso como desculpa para desleixo ou falto de investimento e preparo é apenas uma desculpa para mediocridade.

O perigo, muitas vezes é quando a excelência é desvirtuada em exibicionismo, uma postura arrogante que prioriza a performance sobre a essência. Muito embora, em minha opinião, devamos oferecer a Deus o que temos de melhor em todos os sentidos, o que Deus realmente deseja é uma adoração que venha de um coração rendido a ele. Talvez uma das passagens que melhor expressam isso é Salmos 51.16-17:

Pois não te agradas de sacrifícios; do contrário, eu os ofereceria; e não tens prazer em holocaustos. Sacrifício agradável a Deus é o espírito quebrantado; coração quebrantado e contrito, não o desprezarás, ó Deus.

Em Israel, sacríficos e holocaustos eram a coluna dorsal da adoração. Em algumas ocasiões festivas, o próprio Davi ofertou milhares de animais para o sacrifício (1Crônicas 29.21). Nesse salmo, ao enfrentar seu pecado de adultério e assassinato, o rei poeta deixa claro que não são os atos, mas o coração que é o cerne da adoração. Pode-se dizer que um coração quebrantado e contrito é a essência da adoração. Essência tem de se manifestar em alguma forma. Essência sem forma não existe. Sendo assim, um coração de quebrantamento e gratidão tem de assumir uma forma. O problema é quando a forma exclui a essência, pois, diferentemente da essência, forma sem essência existe e é tragicamente comum no campo da religiosidade.

A excelência na forma se torna problemática quando, mesmo que não intencionalmente, começa a sufocar ou excluir a essência. Quando a busca de excelência em um culto faz com que manifestações carnais, arrogantes ou “performáticas” se tornem o centro desse momento. Esse é o instante em que o exibicionismo surge.

Minha oração é que, nesse novo ano, igrejas fiéis se esmerem em preparar e promover eventos que manifestem toda a criatividade, a majestade e a perfeição da qual somos capazes. Quando preparamos um culto ou qualquer outro evento com excelência estamos adorando a Deus tanto no evento como na forma como o preparamos. Ao mesmo tempo, que nossos corações estejam bem centrados no fato de que ele é a fonte e a razão de tudo que fazemos. Que nossos corações evitem “roubar” os louvores com a qualidade de nossas apresentações!

Por Daniel Lima – Extraído de: www.chamada.com.br





terça-feira, 4 de maio de 2021

O QUE É CONVERSÃO?

“À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1Coríntios 1.2)


Observa-se claramente no Novo Testamento que considerava-se como participante da igreja somente aquelas pessoas que pertenciam a Jesus Cristo. O apóstolo Paulo endereçou suas cartas às igrejas da seguinte maneira: “A todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos” (Romanos 1.7); “Aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso” (Efésios 1.1b); “A todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos...” (Filipenses 1.1b); “Aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos” (Colossenses 1.2a); “À igreja dos tessalonicenses, em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo” (1Tessalonicenses 1.1b).

Biblicamente, “santo” (hebraico, kadosh; grego, hagios) significa “pertencente a Deus”, “separado para Deus”. A pessoa se torna santa se ela – pela fé – aceitar a obra redentora de Jesus Cristo na cruz. Aquele que aceita a obra redentora de Jesus Cristo e se coloca totalmente ao lado do seu Salvador realiza uma troca de senhorio. Ele se afasta do reino de Satanás, do pecado e da morte, e é integrado no reino de Jesus Cristo, da justiça e da vida eterna. A Bíblia chama essa troca de senhorio de “conversão” (hebraico, shub; grego, metanoia). Assim, santos são todos aqueles que creem em Jesus Cristo, que foram redimidos por meio do sacrifício dele na cruz e que o honram como Senhor das suas vidas. Ou seja, não constituem uma “elite de escolhidos” que são “declarados santos” por outras pessoas.

No dia do Pentecostes, após a pregação profundamente espiritual de Pedro, a multidão perguntou aos apóstolos: “‘Irmãos, que faremos?’, Pedro respondeu: ‘Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo... Salvem-se desta geração corrompida!’” (Atos 2.37b-40). Com o afastamento da velha vida, a conversão a Jesus Cristo e o batismo no nome dele, as pessoas são integradas na igreja. Quem pertence a Jesus recebeu o Espírito dele. E esse Espírito o fez renascer para uma nova vida: “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo” (João 3.3b). “Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa” (Efésios 1.13). “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14).

Você querido amigo leito, pode experimentar isso, através de uma oração sincera: Onipotente Deus, por favor, perdoa-me que no passado eu vivi somente para mim. Por favor, purifica e renova-me totalmente. Refrigera-me com a dádiva da tua salvação e seja o Senhor da minha vida.

Lothar Gassmann - www.chamada.com.br

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A ORIGEM E QUEDA DE SATANÁS

Douglas Bookman 

Na história do Universo nunca houve – nem haverá – traição maior. A criatura que representava a mais magnificente obra de seu Criador ressentiu-se de que sua glória era apenas emprestada, de que o papel que lhe estava destinado era o de tão somente refletir a infinita majestade do Deus que lhe deu o fôlego da vida. Dessa maneira, nasceu no coração de Lúcifer – e, em última análise, no recém-criado universo moral – o desprezível impulso da rebelião. Esse impulso originou a insurreição angélica que foi a mais terrível sedição na história em todos os tempos.

UMA QUESTÃO PRELIMINAR

Por mais importante e original que tenha sido essa rebelião angélica, as Escrituras não incluem um registro específico do evento. No Antigo Testamento, Satanás aparece pela primeira vez no relato da queda de Adão (Gn 3). Ali, no entanto, ele  era o tentador caído que seduziu os primeiros seres humanos ao pecado. Dessa forma, já no início das Escrituras, a queda de Satanás é tratada como fato. Mas, por razões que não são esclarecidas em nenhum lugar, o próprio relato de sua queda está ausente nesse registro.

Ainda assim, o evento é lembrado duas vezes nos escritos dos profetas: por Isaías, em meio a uma inspirada diatribe contra a Babilônia (Is 14.11-23), e, mais tarde, por Ezequiel, quando ele repreende duramente o rei de Tiro (Ez 28.11-19). Essas duas passagens contam-nos a maior parte do que sabemos sobre a queda de Satanás.

Entretanto, aqui temos algumas dificuldades exegéticas. Em ambas as passagens, a menção da rebelião de Lúcifer aparece abruptamente num contexto que não trata, especificamente, de Satanás. Esse fato levou muitos estudiosos da Bíblia a rejeitar a idéia de que as passagens se referem a uma rebelião luciferiana e a insistir que elas focalizam exclusivamente os governantes humanos das nações pagãs às quais são dirigidas.

Apesar disso, é preferível entender que Isaías e Ezequiel propositalmente queriam levar os leitores para além dos crimes de reis humanos, guiando-os até a percepção do grande arquétipo do mal e da rebelião, o próprio Satanás. Essas passagens incluem descrições que, mesmo levando em conta a inclinação ao exagero por parte de governantes da Antiguidade, não poderiam ser atribuídas a qualquer ser humano. O emprego da primeira pessoa do singular (por exemplo: “Eu subirei...”; “exaltarei o meu trono...”; “me assentarei...”) em Isaías 14.13-14 refletiria um nível de ostentação indicativo de insanidade, caso fosse proferido por um mero ser humano, mesmo em se tratando de um dos monarcas pagãos babilônicos, que a si mesmos divinizavam. E qual rei de Tiro poderia ser descrito como “cheio de sabedoria e formosura... Perfeito... nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado...” (Ez 28.12,15)?

Além disso, a Bíblia ensina explicitamente que a perversidade do mundo visível é influenciada e animada por um domínio povoado por espíritos caídos, invisíveis (Dn 10.12-13; Ef 6.12), e que, em sua campanha traiçoeira e condenável de frustrar os propósitos do Deus verdadeiro, esses espíritos maus são dirigidos por Satanás, o “deus deste século” (2 Co 4.4).

É característico dos escritores bíblicos fazer a conexão entre o mundo visível e o invisível, e isso de forma tão abrupta que pega o leitor momentaneamente desprevenido. Quando Pedro expressou seu horror ante o pensamento da morte de Jesus, o Senhor lhe respondeu “Arreda, Satanás!” (Mt 16.23; cf. 4.8-10). De forma semelhante, repentinamente e sem aviso, o profeta Daniel pula de uma descrição profética sobre Antíoco Epifânio (Dn 11.3-35) para uma descrição similar do Anticristo dos tempos do fim (Dn 11.36-45). Antíoco, governante selêucida no período intertestamentário, precede o vilão maior que conturbará a terra nos últimos dias. Um salto abrupto e não-anunciado do mundo político ganancioso, auto-engrandecedor, visível, para o drama arquetípico que se desenrola num mundo invisível aos seres humanos – mas que, apesar de não ser visto, deu origem às atitudes denunciadas nessas passagens –, tal salto não está fora de lugar nas Escrituras.

Finalmente, por trás das conexões feitas nessas duas passagens pode muito bem estar um tema que freqüentemente retorna nas Escrituras. Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre” (Gn 11.4). A cidade era um centro de atividade comercial, enquanto a torre representava o ponto focal do culto pagão. Essa dupla caracterização do cosmo como expressão de egoísmo (o espírito ganancioso do comercialismo não-santificado) e de rebelião (a busca por ídolos) ressoa ao longo de toda a Palavra de Deus, chegando a um clímax em Apocalipse 17-18, onde anjos que se mantiveram fiéis a Deus anunciam a tão esperada e muito merecida destruição da Babilônia religiosa e comercial.

É instrutivo notar que enquanto todo o trecho de Ezequiel 26-28 repreende severamente a Tiro – o mais importante centro de comércio e de riqueza nos dias desse profeta – Isaías 14 denuncia Babilônia, que representa o centro da falsa religião ao longo de toda a Escritura. Talvez essa caracterização do cosmo caído como “cidade e torre” – tão importante naquilo que a Escritura afirma em relação ao mundo em rebelião contra Deus – ajude a explicar o salto dado pelos profetas nas passagens que consideramos. Quando contemplavam a cultura de seu tempo, que incorporava perfeitamente um elemento do cosmo caído, cada um deles se sentiu compelido pelo Espírito superintendente de Deus a focalizar a rebelião angélica dos tempos primitivos, a qual animava a rebelião humana que estavam denunciando.

Dessa forma, essas duas críticas severas, que identificam os espíritos perversos de cobiça inescrupulosa e rebelião espiritual, ajudam a explicar por que tais espíritos predominam tantas vezes ao longo da história humana. Os textos referidos, ao mesmo tempo, também antecipam a destruição profeticamente narrada em Apocalipse 17 e 18.

A LINHAGEM DE SATANÁS

De Isaías 14 e Ezequiel 28 emerge um quadro relativamente extenso de Satanás antes de sua rebelião.

Sua pessoa: Ele foi o ser mais exaltado de toda a criação (Ez 28.13,15), a mais grandiosa das obras de Deus, um ser celestial radiante, que refletia da maneira mais perfeita o esplendor de seu Criador. Assim, ele apropriadamente era chamado de Lúcifer. Essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol. O nome Lúcifer tornou-se amplamente usado como título para Satanás antes de sua rebelião porque é o equivalente latino dessa palavra. Na realidade, é difícil saber com certeza se o termo foi empregado com o sentido de nome próprio ou de expressão descritiva.

Seu lugar: Ezequiel afirmou que esse anjo exaltado estava“no Éden, jardim de Deus” (Ez 28.13). Aqui, a referência não é ao Éden terreno que Satanás invadiu para tentar a humanidade, mas à sala do trono em que Deus habita em absoluta majestade e perfeita pureza (veja Is 6; Ez 1). Ezequiel 28 também chama esse lugar de “monte santo de Deus”, onde Lúcifer andava “no brilho das pedras” (v. 14).Essas descrições não são apropriadas ao Éden terreno, mas adequadas à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura.

Sua posição: Satanás é denominado “querubim da guarda ungido” (Ez 28.14). Querubins representam a mais alta graduação da autoridade angélica, sendo seu papel guardar simbolicamente o trono de Deus (compare os querubins esculpidos flanqueando a arca da aliança – o trono de Javé – no Tabernáculo ou Templo, Êx 25.18-22; Hb 9.5; cf. Gn 3.24; Ez 10.1-22). Lúcifer foi ungido (consagrado) por sentença deliberada de Deus (Ez 28.14: “te estabeleci”) para a tarefa indizivelmente santa de guardar o trono do todo-glorioso Criador. Ele é descrito como sendo dotado de beleza inigualável, vestido de luz radiante, equipado com sabedoria e capacidade ilimitadas, mas também criado com o poder de tomar decisões morais reais. Portanto, a obrigação moral mais básica de Satanás era a de permanecer leal a Deus, de lembrar sempre que, independentemente de quão elevada fosse a sua posição, seu estado era o de um ser criado.

A QUEDA DE SATANÁS

Neste ponto, encontramo-nos diante de um dos mais profundos mistérios do universo moral, conforme revelado nas Escrituras: “Como é que o pecado entrou no universo?” Está claro que a entrada do pecado tem conexão com a rebelião de Satanás. Mas, como foi que o impulso perverso surgiu no coração de alguém criado por um Deus perfeitamente santo? Diante de tal enigma, temos de reconhecer que as coisas encobertas de fato pertencem a Deus; as reveladas, no entanto, pertencem a nós (Dt 29.29). E três dessas realidades claramente reveladas merecem ser enfatizadas:

Primeiro: a queda de Lúcifer foi resultado de sua insondável e pervertida determinação de usurpar a glória que pertence unicamente a Deus. Esse fato é explicitado em uma série de cinco afirmações que empregam verbos na primeira pessoa do singular, conforme registradas em Isaías 14.13-14. Nisto consiste a essência do pecado: o desejo e a determinação de viver como se a criatura fosse mais importante que o Criador.

Segundo: Satanás é inteira e exclusivamente responsável por sua escolha perversa. Nisso existe uma dimensão inescrutável. Alguns têm argumentado que Deus deve ter Sua parcela de responsabilidade por este (e todo outro) crime, porque, caso fosse de Seu desejo, poderia ter criado um mundo em que tal rebelião fosse impossível. Outros dizem que, se Deus tivesse criado um mundo em que apenas se pudesse fazer o que o seu Criador quisesse, nele não poderiam ser incluídos agentes morais feitos à imagem de Deus, dotados da capacidade de tomar decisões reais – e, conseqüentemente, de escolher adorar e amar a Deus. Há verdade nessa observação, mas também há mistério. O relato deixa claro que o orgulho fez com que Lúcifer caísse numa terrível armadilha (Is 14.13-14; Ez 28.17; cf. 1 Tm 3.6), mas nada explica como tal orgulho de perdição pode surgir no coração de uma criatura de Deus não caída e perfeita.

No entanto, não há mistério quanto ao fato de que Satanás é, totalmente e com justiça, responsável pelo seu crime. Ezequiel 28.15 afirma explicitamente que Lúcifer era perfeito desde o dia em que foi criado, “até que se achou iniqüidade em ti”. A culpabilidade moral é dele, e apenas dele. Na verdade, em toda sua extensão, a Bíblia afirma que Deus governa soberanamente o universo moral e controla todas as coisas – inclusive a maldade de homens e anjos – para que correspondam aos seus perfeitos propósitos. Mas ela também ensina que Deus não deve e não será responsabilizado por essa maldade, em qualquer sentido.

Finalmente, por causa de sua rebelião, Satanás tornou-se o arquiinimigo de Deus e de tudo o que é divino. Sua queda – bem como a dos espíritos que se uniram a ele – é irreversível; não há esperança de redenção. Satanás foi privado da comunhão com o Deus santo de forma final e irrecuperável. Para ser exato, Satanás ainda tem acesso à sala judicial do trono do Universo por causa de seu papel de acusador dos irmãos, papel este que lhe foi designado divinamente (Jó 1 e 2; Zc 3; Lc 22.31; Ap 12.10). Tal acesso, no entanto, é destituído da comunhão com Deus ou da Sua aceitação. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na história do cosmo, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas (Mt 25.41). Fonte: chamada.com.br

 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

ENFRENTANDO O DESÂNIMO ESPIRITUAL


Daniel Lima

Para mim, uma das características mais curiosas da pandemia tem sido o reconectar com amigos antigos. Ao investir tempo com amigos, dos quais me distanciei por vários motivos, uma verdade tem se revelado inegável: sem um investimento intencional e cuidadoso, todo relacionamento esfria e pode até morrer. Isso é verdade com amigos, com o cônjuge, com filhos, ou seja, mesmo com pessoas que amamos. Ao pensar nisso, um segundo e poderoso pensamento me ocorreu: se isso acontece com pessoas que vejo, quanto mais com Deus, que não vejo...
Conversando com muitos cristãos, me parece que um efeito da pandemia é um esfriamento espiritual (Pandemia e Esfriamento Espiritual). Parece que programas e eventos de igrejas mantinham a vida espiritual (ou aparência) de muitos. Percebendo isso, vejo igrejas tentando reproduzir virtualmente os mesmos eventos e programas para manter seus fiéis conectados com a igreja e, em última análise, com Deus. Fui pastor por cerca de 30 anos e entendo plenamente essa preocupação. No entanto, não é curioso que tenhamos de manter programas para que pessoas não se afastem de Deus? Esses programas, por mais bem-intencionados que sejam, não estariam ocupando o papel de “muletas” espirituais? Um dos benefícios da pandemia é que as “muletas” foram retiradas. Cristãos agora têm de se alimentar e manter vivo seu relacionamento com Deus sem os eventos e programas, ou pelo menos sem participar presencialmente dos mesmos. Como manter uma vida espiritual saudável nessas condições? Como não escorregar para o esfriamento espiritual?
Manter nossa fé viva é algo que nos cabe, não a nossos pastores e líderes, muito embora estes possam nos ajudar.
Um dos textos aos quais fui levado são as cartas de Paulo a Timóteo. O teor da primeira carta foi de encorajamento. Paulo se preocupou em animar Timóteo alertando para os perigos e para suas responsabilidades. Aparentemente Timóteo ainda precisava de encorajamento alguns anos depois, por isso a segunda carta. É curioso que Paulo estava preso em condições terríveis e ainda assim escreve uma carta de encorajamento para este jovem líder. Gostaria de compartilhar contigo neste texto sobre algumas lições que tiro do primeiro capítulo desta segunda carta:
Paulo escreve no verso 5 que se lembra da fé não fingida que viu tanto na avó como na mãe de Timóteo, assim como também nele. Era evidente que o desânimo de Timóteo não era devido a uma fé falsa... Os versos 6-7 apresentam o propósito de Paulo para este trecho da carta: Por essa razão, torno a lembrá-lo de que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.
Paulo desafia Timóteo para que ele mantenha viva a chama do dom de Deus. Essa é uma responsabilidade sua e minha. Manter nossa fé viva é algo que nos cabe, não a nossos pastores e líderes, muito embora estes possam nos ajudar. E Paulo fundamenta essa tarefa nos recursos que Deus nos deu: “espírito... de poder, de amor e de equilíbrio”. Quando eu cedo à covardia, ao desânimo, estou fazendo o trabalho do Diabo. É certo que passaremos por períodos de desânimo e esfriamento, mas não por termos sido abandonados por Deus. Como então posso acessar esse poder em momentos que não percebo, esse amor nas horas em que não sinto e esse equilíbrio que gostaria de ter sempre? Com certeza existem muitas instruções nos versos seguintes, mas eu gostaria de destacar cinco delas:
1.   SUPORTE OS SOFRIMENTOS PELO EVANGELHO. Paulo deixa claro que quem quiser viver uma vida piedosa sofrerá perseguição (2Timóteo 3.12). Por que, então, ficamos surpresos quando enfrentamos sofrimentos neste mundo? Arrisco-me a dizer que você e eu sofremos, em parte, por adotarmos expectativas deste mundo, tais como sucesso, dinheiro, conforto, poder ou influência. Jesus já deixou claro que seus seguidores enfrentariam lutas (João 16.33).
2.   LEMBRE-SE DE QUE FOMOS CHAMADOS PARA ESTAR COM ELE DESDE A ETERNIDADE PASSADA. O primeiro chamado de Jesus é para estarmos com ele, só depois somos chamados a fazer algo por ele. Isso deveria me levar a cultivar minha relação com o Pai. Buscar a Deus, buscar ouvir o que ele está dizendo, me aquietar diante dele.
3.   CONFIE QUE ELE PODE GUARDAR O QUE LHE ENTREGAMOS ATÉ O FINAL. O que foi que você e eu entregamos a Jesus no momento de nossa conversão? Se entregamos apenas nosso destino eterno, somos salvos, mas nosso dia a dia será muito difícil; no entanto, se entreguei a ele toda a minha vida, posso confiar que ele pode guardar cada aspecto dela, mesmo aquele que não entendo ou que não gosto.
4.   MANTENHA O ENSINO QUE RECEBEU. Há um ditado antigo que diz: “Não duvide no escuro daquilo que Deus lhe mostrou no claro!”. Momentos de pandemia, de isolamento e mesmo de esfriamento são momentos de se agarrar ao que aprendemos e cremos. Nossa fé é mais testada e forte em períodos de provação do que em momentos de tranquilidade!
5.   CERQUE-SE DE IRMÃOS QUE PODEM TE ESTIMULAR. Paulo conclui lembrando aqueles que o abandonaram e aqueles que o apoiaram. Não se isole nos momentos de desânimo (como é minha tendência); pelo contrário, agarre-se a pessoas que o apoiam e o sustentam. Busque aqueles que também buscam a Deus, aqueles em cujas vidas você vê evidências de um caminhar com ele.
Minha oração por você, meu amigo ou amiga, e por mim é que, nos momentos de dúvida, de desânimo, nos momentos em que parece que Deus desistiu de nós, possamos combater o bom combate mantendo-nos firmes naquilo que cremos. Ao passar pelo vale da sombra da morte, que a presença do Bom Pastor nos dê plena confiança – apesar das circunstâncias! Extraído de www.chamada.com.br


domingo, 11 de agosto de 2019

PERGUNTAS DE DEUS AOS PAIS


Alexandra Guerra
Deus não vai perguntar se vocês andaram na moda. Deus está mais preocupado com os nossos adornos internos: não quer que a gente guarde amargura, que a gente alimente pensamentos ruins.
Deus não vai perguntar que tipo de carro você dirigiu. Ele deve perguntar se você apostou corrida com seu filho, se fez um desenho, e se de lhe deu uma amizade alegre.
Deus não vai perguntar o tamanho da sua casa. Ele vai perguntar quantos colegas do seu filho você recebeu nela.
Deus não vai perguntar sobre a cor da pele do seu filho. Ele vai perguntar sobre o conteúdo do seu caráter.
Deus pode não perguntar se você trabalhou muito, mas pode perguntar se você descarregou ou descontou suas frustrações e cansaço em sua família.
Deus já sabe que você cometeu erros com o seu filho, o que Ele pode lhe perguntar é se você pediu perdão quando errou e se procurou mudar de atitude.
Deus não vai perguntar quanto vale seu tempo, mas Ele pode perguntar se você ajudou seu filho a fazer a lição. Se você o buscou na escola. Se você foi assistir a sua apresentação.
Deus não vai perguntar o que aconteceu na novela, mas vai te perguntar se você mostrou a seu filho como juntar as mãos e orar, se você ensinou o seu coraçãozinho  a amar  a Palavra de Deus.
Deus não deve perguntar qual era a sua posição social ou quanto pagou a uma babá, mas vai querer saber se foi você quem educou e inspirou seu filho.
Talvez Deus não vai perguntar quantos filhos você teve. Mas Ele vai perguntar quantos filhos você realmente criou e se você foi pai ou mãe de verdade!
Deus quer saber dos seus medos e angústias, assim como, Ele quer conhecer seus sonhos e vontades.
Deus quer saber se seu filho pode se espelhar em você!
Deus vai perguntar se você perdeu seu filho para o mundo, ou se o ganhou para Deus!
Deus quer saber se o coração dos pais está voltado para os filhos, e se o coração dos filhos está voltado para os pais.
E por fim, Deus vai querer saber se você amou o ser humano que Ele colocou em suas mãos.
E o melhor de tudo é que há tempo para recomeçar, hoje, agora! Pois, amanhã pode ser o seu dia de responder essas perguntas para Deus...
Senhor ajuda-nos! Transforme e mude completamente a nossa mente!
“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que o nosso coração seja sábio.”  Salmos 90:12.