Boas Vindas

Bem vindo (a) ao blog Igreja Cristã Evangélica de Natal.

Através dele queremos informá-l0 (a) sobre nossa igreja local, o que cremos e pregamos e assim, sinta-se motivado (a) a conhecer sobre a Vida Eterna e a salvação que já somente em Jesus Cristo, centro de nossa mensagem. Somos uma igreja histórica, que está no Brasil desde julho de 1878. Somos conhecidos por alguns como os Irmãos ou Irmãos Unidos. Nos países latinos, como Hermanos Libres, cujas igrejas se denominam também de Iglesia Cristiana Evangélica.

A Igreja Cristã Evangélica está em Natal, desde 1989, tendo começado suas atividades no Planalto em 21 de Abril de 1992. Ela crê e prega que a Salvação e a Vida Eterna ocorrem somente pela fé na Pessoa e obra de Jesus Cristo como Salvador e Senhor, sem qualquer mérito de nossa parte. Não usa de chantagem emocional ou financeira com quem quer que seja, pois não vê autoridade Bíblica para tal.

Se você deseja conhecer mais sobre nós e sobre a salvação e a vida eterna, entre em contatos conosco pelos endereços aqui postados, ou então fazendo-nos uma visita em um de nossos cultos. Que a graça do Senhor Jesus seja contigo e com a sua família!

Igreja Cristã Evangélica de Natal

“Alcançando o Sertanejo Nordestino Com o Evangelho de Cristo Genuíno”

Missão SEARA - www.seara.org.br

sábado, 3 de março de 2018

A EQUAÇÃO DA TRINDADE

Trindade: Doutrina bíblica que repousa essencialmente sobre duas premissas:

1) O monoteísmo é uma verdade;
2) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, também é uma verdade. Portanto, temos um único Deus, mas três pessoas.

A Bíblia Sagrada diz explicitamente que existe um único Deus (Deuteronômio 6.4; Marcos 12.29-32). O apóstolo João, conhecido como apóstolo do amor, diz no Evangelho escrito por ele: Ora a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (João 17.3). João registrou essas palavras do Senhor Jesus Cristo, deixando claro que existe um único Deus Verdadeiro, neste versículo a expressão Deus Verdadeiro está claramente associada à pessoa do Pai. Na declaração do Senhor Jesus o Pai é o único Deus Verdadeiro. Porém, o mesmo João que escreveu o Santo Evangelho que leva o seu nome, escreveu também na sua Primeira Epístola Universal no capítulo 5 e versículo 20: Também sabemos que o Filho já veio, e nos deu entendimento para conhecermos aquele que é verdadeiro. E estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Essas palavras afirmam categoricamente a divindade de Jesus: Ele é o Verdadeiro Deus e a vida eterna.
Podemos observar que o mesmo João que escreveu no Quarto Evangelho, foi o autor da 1a Epístola a que referimos. Assim sendo, ele atribui a palavra Deus Verdadeiro, tanto à pessoa do Pai, como à pessoa do Filho. Esses textos são provas explícitas de que o apóstolo João conhecia a Unidade Composta de Deus, ou seja, a unidade de essência de Deus como sendo único e verdadeiro, composto por pessoas, neste caso: Pai e Filho. Não estou dizendo que o Pai seja o Filho, de maneira alguma, mas que o Pai e o Filho são duas pessoas como o próprio João declara: Graça, misericórdia, e paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor (2 João 1.3).
Se o Pai é chamado de Deus Verdadeiro (João17.3) e o Filho é chamado de Deus Verdadeiro (1 João 5.20), e o Espírito Santo é chamado de Deus (João 14.17), e, em Isaías capítulo 43 versículo 10 e 11 lemos: Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi, para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador; se existem três pessoas chamadas na Bíblia de Deus Verdadeiro e ela não admite outro deus ou Deus, senão o Deus único, ou admitimos a pluralidade na unidade ou somos obrigados a admitir um politeísmo barato, insuportável e grosseiro.

O UNICISMO
O unicismo tenta explicar o assunto desenvolvendo a teoria das três manifestações. Seria um único Deus Verdadeiro que se manifestara em três formas, ora como Pai, ora como Filho, ora como o Espírito Santo. Essa teoria unicista não encontra sustentação na verdade bíblica, já que na Bíblia encontramos passagens deixando claro que são pessoas distintas e não meras manifestações (João 1.1-3; 8.16-18; 15.26). O apóstolo João diz: Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho (1 João 2.22). Embora esses versículos foram escritos para proteger a Igreja do gnosticísmo, nos ensina que não podemos negar a personalidade das pessoas. Quem nega que Jesus é o Cristo, quem nega a personalidade do Pai e a personalidade do Filho é classificado de mentiroso, contrário a Cristo, já que negar essas verdades bíblicas são características da doutrina do espírito do anticristo e não do cristianismo ortodoxo.

A CRENÇA EM DUAS DIVINDADES
As testemunhas-de-jeová por não compreenderem o mistério de Deus-Cristo, criaram uma teoria “racionalista paradoxal” negando a divindade de Cristo e a pluralidade na unidade divina (1 Timóteo 3.16).
Assim desenvolveram um sistema doutrinário peculiar, ou seja, a crença em duas divindades, uma todo-poderosa, chamada de Jeová e outra menos poderosa ou apenas Poderosa, chamada de Jesus. Esse ensino caí de vez no politeísmo, ou seja, a crença em duas ou mais divindades. Algo que é impensável na fé cristã monoteísta. Bem diz o Credo Niceno ou Atanasiano: Pois da mesma forma que somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada Pessoa, por si mesma, como Deus e Senhor. Assim também somos proibidos pela religião católica (universal) de dizer: Existem três deuses ou três senhores.

UM DEUS, TRÊS PESSOAS
A crença num Deus eternamente subsistente em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo contempla a realidade bíblica sem ferir o monoteísmo ético. Não enveredamos para o politeísmo nem para a negação das pessoas. Assim, a doutrina da Trindade não é irracional e antibíblica como querem os grupos não ortodoxos, mas é plena­mente bíblica e verdadeira.

OBJEÇÕES
Temos, porém, de ter em mente que as testemunhas-de-jeová não conseguem dissociar a palavra Deus do Pai. Todas as vezes que dizemos que Jesus é Deus, elas, no seu complexo sistema de entendimento, acusam a idéia de que estamos confundindo o Pai com o Filho. As testemunhas-de-jeová precisam entender que quando estamos falando de que Jesus é Deus, não estamos dizendo que Jesus é o Pai que seja o Espírito Santo. Mas o sistema de entendi­mento desenvolvido pela Sociedade Torre de Vigia não permite esse raciocínio, e a primeira coisa que ouvi­mos das testemunhas-de-jeová quando falamos que Jesus é Deus, são as seguintes indagações: “Se Jesus é Deus então Ele orou para si mesmo? Se Jesus é Deus então o céu ficou vaziou quando Ele veio a terra? Se Jesus é Deus então Deus morreu?” Tudo isso porque elas confundem as pessoas da divindade. Essas perguntas das testemunhas-de-jeová devem direcionar para os unicistas e não para os que acreditam na Trindade. Já que a Trindade são três Pessoas em unidade divina, daí o motivo de qualquer das três Pessoas poder ser chamada de Deus.
Outro problema levantado pelas sei­tas que rejeitam a doutrina da Trindade é aplicar as passagens bíblicas que se referem ao Filho como homem, para contradizer sua natureza divina. Ignoram que o Senhor Jesus possui duas naturezas: a divina e a humana, assim, essas seitas apresentam as passagens bíblicas que provam a humanidade de Jesus para negar a sua divindade, sendo que essas passagens não contradizem sua divindade, apenas provam sua outra natureza, a humana. Assim como as passagens que revelam a divindade de Jesus não contradizem sua natureza humana, mas simplesmente revelam sua outra natureza a divina, já que o Filho possui duas naturezas, verdadeiro homem (1 Timóteo 2.5) e verdadeiro Deus (1 João 5.20). Assim reza o Credo Niceno acerca de Jesus: Igual ao Pai no tocante à sua Deidade, e inferior ao Pai no tocante à sua humanidade.
No importante documento intitulado Tomo de Leão, que foi bispo de Roma (440-461) parte III diz: "Assim, intactas e reunidas em uma pessoa às propriedades de ambas as naturezas, a majestade assumiu a humildade, a força assumiu a fraqueza, a eternidade assumiu a mortalidade e, para pagar a dívida de nossa condição, a natureza inviolável uniu-se à natureza que pode sofrer. Desta maneira, o único e idêntico Mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, pôde, como convinha à nossa cura, por um lado, morrer e, por outro, não morrer…" e na par te IV diz: "Neste mundo fraco entrou o Filho de Deus. Desceu do seu trono celestial, sem deixar a glória do Pai, e nasceu segundo uma nova ordem, mediante um novo modo de nascimento. Segundo uma nova ordem, visto que invisível em sua própria natureza, se fez visível na nossa e, Ele que é incompreensível, se tornou compreendido; sendo anterior aos tempos, começou a existir no tempo; Senhor do universo revestiu-se de forma de servo, ocultando a imensidade de sua Excelência; Deus impassível, não se horrorizou de vir a ser carne passível; imortal, não recusou as leis da morte. Segundo um novo modo de nascimento, visto que a virgindade, desconhecendo qualquer concupiscência, concedeu-lhe a matéria de sua carne. O Senhor tomou, da mãe, a natureza, não a culpa. Jesus Cristo nasceu do ventre de uma virgem, mediante um nascimento maravilhoso. O fato de o corpo de o Senhor nascer portentosamente não impediu a perfeita identidade de sua carne com a nossa, pois Ele que é verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem. Nesta união não há mentira nem engano. Corresponde-se numa unidade mútua a humildade do homem e a excelsitude de Deus. Por ser misericordioso, Deus [divindade] não se altera; por ser dignificado, o homem [humanidade] não é absorvido. Cada natureza [a de Deus e a de servo] realiza suas próprias funções em comunhão com a outra. O Verbo faz o que é próprio do verbo; a carne faz o que é próprio à carne; um fulgura com milagres; o outro se submete às injúrias. Assim como o Verbo não deixa de morar na glória do Pai, assim a carne não deixa de pertencer ao gênero humano… Portanto, não cabe a ambas as naturezas dizerem: “O Pai é maior do que eu ou “Eu e o Pai somos um Pois, ainda que em Cristo Nosso Senhor haja só uma pessoa. Deus-homem, o princípio que comunica a ambas as naturezas as ofensas é distinto do princípio que lhes torna comum a glória…"
O autor evangélico Robert M. Browman Jr., declara com muita propriedade e profundo senso de responsabilidade: "Existe a escolha, portanto, entre crer no Deus verdadeiro conforme Ele se revelou, com mistérios e tudo, ou crer num Deus que é relativamente fácil de ser compreendido, mas que tem pouca semelhança com o Deus verdadeiro. Os trinitários estão dispostos a conviver com um Deus a quem não conseguem compreender plenamente, já que adoramos a Deus conforme Ele se tem revelado."

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalmente, declaramos com toda a confiança a nossa fé bíblica na doutrina da Trindade, porque:
Aceitamos a doutrina de acordo com o que expõe a Bíblia Sagrada (Mateus 28.19; Efésios 4.4-6; 1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13; Números 6.24-26);
Não somos politeístas, já que cremos num único Deus, e não aceitamos nenhuma divindade inferior ou superior, além de Deus; (Deuteronômio 6.4; Marcos 12.29; 1 Coríntios 8.6; Gálatas 3.20; Efésios 4.6);
Não somos idólatras, já que não temos nenhum outro deus diante do único Deus; (Êxodo 20.2-3; Isaias 43.10-11);
Não aceitamos o paganismo, e encontramos fartamente no paganismo a crença em duas ou mais divindades. Ex; Júpiter (o deus supremo dos romanos ou o deus todo-poderoso dos romanos) e Mercúrio (divindade inferior ou deus poderoso); ou para os gregos (Zeus, o deus todo-poderoso e Hermes o deus apenas poderoso), crença similar à das testemunhas-de-Jeová: Jeová, o Deus Todo-Poderoso e Jesus, o Deus poderoso;
Não aceitamos o critério da razão para conceber a divindade, já que Deus não é concebido por meio de um raciocínio humano, nem por uma demonstração matemática. Deus não é fruto da inteligência da carne, Ele é Deus de mistério (Isaias 45.15; 1 Timóteo 3.16);
Se o Cristianismo fosse alguma coisa que estivéssemos inventando, é óbvio que poderíamos torná-lo mais fácil. Não conseguimos concorrer, em termos de simplicidade, com as pessoas que estão inventando religiões. Como poderíamos? Estamos lidando com fatos. É óbvio que qualquer um pode simplificar as coisas se não precisar levar em conta os fatos! (C. S. Lewis). (extraído da revista Defesa da Fé número 23 – www.icp.com.br ).